sexta-feira, 19 de abril de 2024

O AMOR GRATUITO CONSTRÓI - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ METZORÁ E PESSACH 5784

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O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de 
Sr. Gabriel David ben Rachel zt"l 

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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHÁ METZORÁ 5784



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MENSAGEM DA PARASHÁ METZORÁ

ASSUNTOS DA PARASHÁ METZORÁ
  • Processo de purificação de um Metzorá:
  • Trazer 2 pássaros, Cedro, Lã Vermelha e Esopo.
  • Aspergir sangue.
  • Raspar todos os pelos do corpo.
  • Oferecer Korban Chatat.
  • Oferenda do Metzorá pobre.
  • Descoloração em casas.
  • Fluxo Masculino.
  • Descargas Seminais.
  • Menstruação.
  • Fluxos Femininos.
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O AMOR GRATUITO CONSTRÓI - PARASHÁ METZORÁ E PESSACH 5784 (19/abr/24)
 
O Rav Avraham Yitzchak HaCohen Kook zt"l (Império Russo, 1865 - Israel, 1935) foi um gênio notável, mas ao mesmo tempo uma figura controversa. Certas personalidades rabínicas discordaram de muitas das suas ideias e posições. Certa vez, o Rav Kook estava discursando quando, de repente, um fanático começou a gritar com ele, interrompendo seu discurso. Porém, a atitude não perturbou o Rav Kook e, assim que o homem foi retirado do recinto, ele continuou seu discurso. Entretanto, apesar de não deixar transparecer, certamente aquela atitude causou um enorme constrangimento e dor para aquele gigante da Torá.
 
Algum tempo depois, naquele mesmo ano, chegou a época de Pessach. O Rav Kook sempre distribuía "Kimcha D'Pischa", os fundos de caridade para a Festa de Pessach, voltado a pessoas com necessidades financeiras. Ele apresentou ao seu Gabai (secretário) a lista das pessoas pobres a quem os fundos de caridade deveriam ser distribuídos. Para a surpresa do Gabai, o nome daquele fanático, que havia envergonhado o rabino em público, estava na lista para receber o dinheiro do Kimcha D'Pischa! O Gabai então disse ao Rav Kook:
 
- Desculpe, rabino, mas eu me recuso a dar o dinheiro a este homem! Como você pode dar dinheiro a alguém que te humilhou em público?
 
- Se você não entregar o dinheiro a ele, eu o entregarei pessoalmente - disse calmamente o Rav Kook - e o motivo é simples. Nossos sábios dizem que o Beit Hamikdash foi destruído por causa do "Sinat Chinam" (ódio gratuito). E se o Beit Hamikdash foi destruído por causa do Sinat Chinam, então a única maneira de reconstruí-lo é através do "Achavat Chinam" (amor gratuito).
 
- Achavat Chinam significa você gostar de uma pessoa sem motivo, assim como Sinat Chinam significa você odiar uma pessoa sem motivo - continuou o Rav Kook - Porém, quando um judeu ama outro judeu "sem motivo", isso não é realmente Achavat Chinam, pois há a Mitzvá de "VeAchavta Lereacha Kamocha" (Ame seu próximo como a si mesmo). Eu tenho a obrigação de amar cada judeu, pois isso é uma lei da Torá. Assim, o fato de eu amar outro judeu não pode ser chamado de "Achavat Chinam", pois essa é uma Achava que estamos obrigados a sentir desde o Har Sinai. Então o que é Achavat Chinam? É quando uma pessoa te insulta e te envergonha, e você tem todos os motivos do mundo para colocá-la na sua lista de desafetos e ignorá-la, mas mesmo assim você se comporta com amor e compaixão, e a ajuda quando ela está necessitada. Por isso, dar dinheiro a este homem é o verdadeiro Achavat Chinam, que pode reconstruir o nosso Beit Hamikdash.

Estamos chegando à próxima parada do Calendário Judaico, a Festa de Pessach, também conhecida como "Zman Cheruteinu" (Época da nossa liberdade). Em Pessach saímos do Egito, depois de 210 anos de uma escravidão brutal, com todos os requintes de crueldade possíveis. Não apenas os egípcios nos maltrataram, mas fizeram isso com alegria. Porém, D'us nos ensinou a termos Emuná. Para nós o sofrimento se transformou em uma grande luz, com a triunfal saída do Egito seguida pela entrega da Torá, nossa maior riqueza. Para os egípcios, a alegria se transformou em sofrimentos, medida por medida. Cada pequeno detalhe foi cobrado por D'us.
 
Há alguns detalhes que mostram a importância de Pessach dentro da vida judaica. Por exemplo, o mês no qual comemoramos Pessach é Nissan. O nome Nissan é de origem babilônica, e passou a ser utilizado apenas após o exílio da Babilônia. De acordo com a Torá, os meses não tem nomes, e sim números, como está escrito em relação a Nissan: "Este mês deve ser o primeiro dos meses para vocês" (Shemot 12:2). Mas o primeiro mês não deveria ser Tishrei, pelo fato de o ser humano ter sido criado no Rosh Chodesh Tishrei? O Ramban zt"l (Espanha, 1194 - Israel, 1270) explica que Nissan deve ser considerado o primeiro mês, e os meses subsequentes devem ser contados a partir dele, para que possa ser uma lembrança constante da nossa libertação do Egito. Assim, sempre que mencionarmos os meses, nos lembraremos dos milagres da nossa salvação. É por isso que os meses do ano não recebem nomes pela Torá, e sim são referidos por números, fazendo com que Pessach seja o centro do ano.
 
Também no mês de Nissan se inicia a primavera. A palavra "Aviv" (primavera) pode ser separada em duas palavras: "Av", que significa "pai", e as letras "yud" e "beit", que têm valor numérico 12, nos ensinando que Nissan, o mês da primavera, é o pai de todos os doze meses do ano. O signo astrológico que representa este mês é o carneiro (áries), que remete ao carneiro que era oferecido como Korban Pessach.
 
Finalmente, os primogênitos dos animais também tinham santidade e eram doados a um Cohen. Porém, isto se aplicava apenas aos animais puros, como bois, carneiros e bodes. Entre os animais impuros, havia uma única exceção: o burro, cujo primogênito também tinha santidade e precisa ser redimido utilizando um cordeiro. Por que a exceção? Pois os burros ajudaram os judeus na saída do Egito, carregando seus objetos e riquezas.
 
Todos estes detalhes demonstram o quão central em nossas vidas é a Festa de Pessach. Mas qual é a mensagem tão forte que Pessach carrega para ter um papel assim tão importante? O que devemos levar desta Festa para o ano todo?
 
Um primeiro ponto obviamente é a Emuná e o agradecimento que devemos despertar ao recordar todos os grandes milagres que aconteceram em um momento em que a Mão de D'us estava evidente. Isso nos ajuda a enxergar a Mão de D'us também nos pequenos detalhes, os "milagres ocultos" do cotidiano, e saber agradecer.
 
Porém, há outra mensagem muito importante que a Festa de Pessach nos transmite, e que deve ser levada para o ano inteiro. O Rav Yossef Chaim zt"l (Iraque, 1832 - 1909), mais conhecido como Ben Ish Chai, cita algo muito profundo sobre o "Má Nishtaná", as quatro perguntas que fazemos durante o Seder de Pessach. Em uma das perguntas nós dizemos: "Em todas as outras noites nós não mergulhamos nem uma vez; nesta noite, nós mergulhamos duas vezes". O que significa esta pergunta?
 
A explicação mais simples é que na noite do Seder nós mergulhamos o Karpás na água com sal e o Maror no Charosset, atitude de homens livres, que temperam sua comida. Porém, o Ben Ish Chai explica que os dois "mergulhos" representam o exílio e a libertação o povo judeu. O primeiro mergulho está associado ao versículo "E eles mergulharam a túnica no sangue" (Bereshit 37:31). Este era o começo do exílio do povo judeu, pois o ódio e a inveja fizeram com que Yossef fosse vendido como escravo ao Egito pelos seus próprios irmãos, e Yaacov acabou descendo ao Egito para reencontrá-lo. O segundo mergulho está associado com o versículo "Você deve pegar um feixe de hissopo e mergulhá-lo no sangue" (Shemot 12:22). Este versículo se refere ao comando de D'us para que os judeus pintassem seus batentes com o sangue do Korban Pessach que eles haviam acabado de sacrificar, em uma incrível demonstração de Emuná. Era o início da libertação do povo judeu.
 
Isto quer dizer que durante o Seder nós mergulhamos duas vezes, uma para lembrar do exílio, quando os irmãos pegaram o casaco de Yossef e o mergulharam em sangue, e outra para lembrar da redenção, quando mergulhamos o feixe de hissopo (Agudat Ezov) no sangue do Korban Pessach, na noite anterior à saída do Egito. O Ben Ish Chai explica que se quisermos expiar o pecado do ódio entre os irmãos, a solução está no "Agudat Ezov". "Agudá" significa união, ou seja, devemos nos reunir, como um grupo unificado, para cumprir a vontade de D'us.
 
De acordo com o Rav Yssocher Frand, em Tishá be Av nós choramos pela destruição dos nossos dois Templos Sagrados e falamos muito sobre Achavat Chinam. Existe uma tremenda conexão entre Tishá be Av e Pessach. O primeiro dia de Pessach sempre cai no mesmo dia da semana do próximo Tishá be Av. Também comemos um ovo no Seder, para lembrar da destruição do Beit Hamikdash. A lição é que, se quisermos alcançar a expiação pelo pecado de mergulhar a túnica de Yossef no sangue, se quisermos merecer a Redenção prometida em Nissan, precisamos esquecer nossas diferenças e nos unirmos de forma verdadeira. Mas, se falhamos em compreender esta profunda mensagem de Pessach, então terminaremos mais um ano chorando em Tishá be Av.
 
Isso conecta a Festa de Pessach com a Parashá desta semana, Metzorá (literalmente "pessoa contaminada com Tzaráat"). A principal causa da Tzaráat, uma doença espiritual que causava manchas na pele, é o Lashon Hará, causar danos e sofrimento aos outros através do mau uso da nossa fala. O Lashon Hará e o ódio gratuito sempre andam juntos. Quando gostamos de alguém, não falamos mal desta pessoa e não gostamos que os outros falem mal dela. Mas quando não gostamos de alguém, sentimos até um certo prazer de falar ou escutar coisas negativas sobre esta pessoa. Se trabalharmos o Achavat Chinam, nos esforçando para querer o bem de todos, mesmo daqueles que temos motivos para não gostar, estaremos consertando o Sinat Chinam, bloqueando o Lashon Hará e ajudando na reconstrução do Beit Hamikdash. Porém, se não nos importarmos com a honra dos outros, continuaremos falando Lashon Hará, manchando nossas almas e chorando pelo nosso Beit Hamikdash destruído.
 
Durante Nissan os judeus foram redimidos, e em Nissan estamos destinados a ser futuramente redimidos. Este é o momento de praticar Achavat Chinam. Talvez seja por isso que Rav Kook esperou até antes de Pessach para dar dinheiro àquele homem. Ele queria especificamente fazer um ato de Achavat Chinam, pelo qual mereceremos a reconstrução do Beit Hamikdash, durante o mês em que estamos destinados a ser redimidos. 

SHABAT SHALOM E PESSACH KASHER VESAMEACH 

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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sexta-feira, 12 de abril de 2024

UM POVO ÚNICO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ TAZRIA 5784

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O e-mail desta semana é dedicado à volta para casa de todos os nossos irmãos sequestrados e a proteção dos nossos irmãos que arriscam suas vidas para proteger Am Israel 
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Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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MENSAGEM DA PARASHÁ TAZRIA

ASSUNTOS DA PARASHÁ VAYAKEL
  • Impureza ao dar à Luz.
  • A Tzaráat.
  • Carne viva numa mancha.
  • Tzaráat numa infecção.
  • Tzaráat na queimadura.
  • Pedaço de calva.
  • Manchas brancas turvas.
  • Calvície.
  • Isolamento do Metsorá.
  • Descoloração das Roupas.
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UM POVO ÚNICO - PARASHÁ TAZRIA 5784 (12/abr/24)
 
Há muitos anos, o Sr. Label Acker, do Brooklin, recebeu uma carta de sua neta de Israel. A carta era tão emocionante que o Sr. Acker a guardou e até hoje a compartilha orgulhosamente com várias pessoas.
 
A Sra. Henya Lerman, neta do Sr. Acker, trabalhava para uma empresa em Ramat Gan, em Israel, cujo dono era um judeu ortodoxo, o Sr. Heshy Fleisher. Era uma época em que o país estava atravessando dificuldades financeiras, e ter um emprego era um privilégio para poucos. A Sra. Lerman estava preocupada com o futuro, pois em três meses daria à luz seu primeiro filho, e quem poderia garantir que seu emprego ainda estaria disponível quando retornasse? E aquele emprego era fundamental, já que seu marido estava desempregado havia seis meses e seu irmão, que estava morando com eles, também estava desempregado.
 
Certa tarde, o Sr. Fleisher estava almoçando informalmente com um grupo de funcionários da empresa. Em um determinado momento, a Sra. Lerman comentou sobre o seu medo de perder o emprego. Ela explicou sua situação familiar, e os outros funcionários que estavam à mesa também contaram sobre suas dificuldades financeiras. O Sr. Fleisher, sem querer se comprometer, educadamente mudou de assunto, e então os funcionários começaram a contar sobre suas vidas. Quando a Sra. Lerman mencionou que vinha de East Flatbush, no Brooklin, o Sr. Fleisher perguntou quando a família dela havia vivido lá. Ele então quis saber o nome do pai dela, o nome do avô, a ocupação dele, onde ele rezava e se ainda estava vivo. Ela foi pega de surpresa com tantas perguntas. Após escutar as respostas, o Sr.Fleisher saiu da mesa e, ao retornar, seus olhos estavam vermelhos, em uma clara indicação de que havia chorado. Após recompor-se, ele contou uma história:
 
Muitos anos atrás, haviam dois eletricistas que viviam na mesma vizinhança em East Flatbush. Um deles era membro do sindicato dos eletricistas e bem sucedido. O outro, que não fazia parte do sindicato, fazia pequenos trabalhos. Os dois homens se conheciam e rezavam na mesma sinagoga, mas suas famílias não se conheciam. Certo dia, o eletricista que não era do sindicato teve um infarto, falecendo alguns dias depois. O outro eletricista foi até a casa do falecido para consolar os enlutados. Ele ficou surpreso com as precárias condições em que os enlutados estavam vivendo. Enquanto conversava com a viúva, ele perguntou se havia comida suficiente. Ela disse que sim, mas quando ele entrou na cozinha e olhou dentro da geladeira, viu que estava quase vazia. Naquela mesma tarde, ele trouxe comida suficiente para encher a geladeira e os armários da cozinha, e em cada dia da Shivá ele renovava o estoque. A viúva tentou dissuadi-lo, mas não conseguiu.
 
Após dois meses, a viúva ligou para o eletricista, dizendo que havia muitas ferramentas e materiais elétricos em seu porão, que eram do seu marido e agora estavam sem uso. Ela estava disposta a vender tudo por cem dólares. Na noite seguinte, o eletricista foi até a casa dela e começou a trabalhar no porão. Por três semanas ele passou suas noites separando e organizando todo aquele material elétrico que havia se acumulado. Depois disso, ele chamou todos os eletricistas e marceneiros que conhecia e os informou que no domingo à tarde haveria uma imperdível venda de materiais elétricos. Ele conseguiu arrecadar mais de três mil dólares com a venda, e deu todo o dinheiro para a viúva, o suficiente para viver por muitos meses.
 
Quando o Sr. Fleisher acabou de contar a história, virou-se para a Sra. Lerman e disse:
 
- O eletricista bondoso era o seu avô, e eu era um dos órfãos. O meu pai era o eletricista que havia falecido, e foi a minha família que se beneficiou da grande generosidade do seu avô. Garanto que você terá sempre um emprego na minha empresa. Amanhã de manhã, se seu marido e seu irmão quiserem vir ao meu escritório, eu terei emprego para eles também!
 
"Obrigada, vovô" escreveu a Sra. Lerman para o seu avô. "Eu tenho muito orgulho de ser sua neta!"

Nesta semana lemos a Parashá Tazria (literalmente "Der à luz"). A maior parte da Parashá trata das complexas leis da Tzaraat, uma doença espiritual normalmente associada ao Lashon Hará, e o que a pessoa contaminada deve fazer para recuperar seu status de pureza.
 
As leis de Tzaraat começam com as palavras: "Se um homem (Adam) tiver manchas na pele de sua carne... ele será levado a Aharon, o Cohen, ou a um de seus filhos, os Cohanim" (Vayikrá 13:2). Mas há algo que chama a atenção neste versículo. Por que a Torá utilizou o termo "Adam" para se referir a uma pessoa, quando normalmente o termo utilizado é "Ish"?
 
Além disso, há um famoso ensinamento do Talmud (Bava Metzia 114b) que incomoda muitas pessoas: "Você é chamado de Adam, mas as nações do mundo não são chamadas de Adam". O significado simples deste ensinamento é que a conotação da palavra "Adam" só é apropriada em relação ao povo judeu. Isto implicaria em um conceito preconceituoso, de que apenas os judeus são considerados seres humanos, enquanto os não-judeus seriam considerados subumanos. Mas como pode ser que a Torá, que nos ensina tanto o respeito que devemos ter por cada pessoa, e que nos ensinou que cada ser humano foi criado à imagem e semelhança de D'us, está nos ensinando a desprezar os outros povos? Certamente esse não pode ser o significado deste ensinamento do Talmud.
 
O Rav Shlomo Ganzfried zt"l (Ucrânia, 1804 - 1886) explica que o Lashon HaKodesh é uma língua extremamente precisa, e mesmo que existem sinônimos, cada palavra tem conotações únicas. "Ser humano" pode ser escrito de várias maneiras, tais como "Ish" ou "Adam". Mas há algo de muito especial na palavra "Adam". Enquanto o plural de "Ish" é "Anashim", não existe plural de "Adam". É isso que a Torá está ressaltando, que o povo judeu é um povo único, unido, como se fosse uma única pessoa. O termo "Adam", que só existe no singular, se ajusta muito bem para definir os judeus. Todos os judeus são considerados uma entidade única. Nós estamos juntos. O povo judeu, entre todos os povos do mundo, é um povo singular.
 
Mas por que isso é lembrado justamente no início das leis de Tzaraat? A Tzaraat surge normalmente como consequência do Lashon Hará. Este versículo inicial das leis de Tzaraat está nos ensinando, portanto, que quando alguém fala Lashon Hara, cria divisão e afastamento, atacando desta maneira a singularidade do povo judeu e colocando em risco o nosso status de "Adam".
 
Este conceito é muito forte para nos ajudar a vencermos o Lashon Hará. Quando lembramos que nós, judeus, somos chamados de "Adam", devemos entender que somos como um único corpo. Ninguém em sã consciência faz mal a si mesmo. Por isso, quando nos sentimos todos juntos, não faz sentido caluniar uns aos outros.
 
Em 1912, na Rússia, um judeu chamado Mendel Beilus foi acusado de matar uma criança não-judia e usar seu sangue para fazer Matzót. Este tipo de acusação infelizmente foi muito comum na Europa durante muitos anos, e era conhecido como "libelo de sangue". O advogado de Beilus temia que, para reforçar os argumentos, os acusadores diriam que os judeus consideravam os não-judeus como subumanos, e citariam a referência talmúdica para provar este ponto. O advogado visitou o Rebe Chortkever zt"l e perguntou-lhe como poderia responder caso os advogados adversários usassem aquele ensinamento do Talmud contra seu cliente. O Rebe instruiu-o a dizer o seguinte: se um italiano fosse preso e levado a julgamento, não veríamos os italianos se reunindo para rezar por esse italiano. O mesmo pode ser dito em relação aos franceses ou qualquer outra nação do mundo. Contudo, quando um judeu é preso e levado a julgamento, a solidariedade existente dentro do povo judeu fará com que todos os judeus do mundo rezem pelo bem-estar daquele judeu, mesmo sem conhecê-lo.
 
Não precisamos voltar ao julgamento de Beilus para enxergar como é verdadeiro este ensinamento. Nos nossos dias, temos testemunhado muitos exemplos desta solidariedade. Se um único judeu é capturado ou mantido como refém, judeus do mundo inteiro se reúnem nas sinagogas e rezam durante meses ou anos por esse companheiro judeu. Assim está escrito: "Quem é como a Sua nação, como Israel, uma nação única no mundo?" (Shmuel II 7:23). Existe no mundo alguma outra nação onde todos sentem um senso de responsabilidade uns com os outros?
 
Foi assim que o Rebe Chortkever explicou o ensinamento do Talmud: "Só você é chamado de Adam". Somente o povo judeu é considerado uma entidade única, sendo impossível falar "Adam" no plural. Esta não é uma interpretação preconceituosa, que diminui e menospreza os outros povo. É uma qualidade do povo judeu, que tem sido demonstrada repetidas vezes, tanto em tempos antigos quanto recentes.
 
Estamos novamente passando por momentos difíceis. Mais do que nunca precisamos estar unidos, como "uma só pessoa em um só coração". Mais de uma centena dos nossos irmãos estão no cativeiro, centenas de soldados perderam suas vidas em batalhas contra um inimigo cruel e covarde, que se esconde atrás de civis e manipula a mídia, gerando ódio contra os judeus no mundo inteiro. O "libelo de sangue" foi substituído por mentiras como "falta de ajuda humanitária" ou "ataque sumário a hospitais". É o momento de nos unirmos, de rezarmos uns pelos outros, de nos importarmos com cada irmão que está passando por dificuldades. Mesmo aqueles que não estão na frente de batalha podem ajudar com Tefilót e Tehilim. Ao menos, que cada um de nós possa tentar sentir a dor dos enlutados e daqueles que não sabem se seus parentes queridos um dia voltarão para casa. Quem sabe se, desta união verdadeira, não virá a tão sonhada e esperada Gueulá final.

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 

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